o inverno
Fez, dos olhos dela, um altar
onde depositou rosas vermelhas,
bilhetes com memória de valsas,
a extensão das mãos,
um relicário de cartas,
chocolates de Lucerna,
um vidro de perfume amadeirado
e a profundidade do rio que corria em suas veias
com a fé de quem vê o sol se aproximar.
O grande amor.
Ela cerrou os olhos.
Rezava em outro templo. Distante.
O encontro parece ser um milagre tão vasto que ouço dizer como quem consola o desencanto: uma andorinha não é verão, se não houver dois santos.
nos maravilla Anna, una vez más
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