ese tractor imagen táctil traduce
ese tractor imagen táctil traduce
la fábula de Esopo en carne de cañón del instante
que late y late
bajo el sol que siempre nos miente
que pide prestado rayos al saltamontes
pero no hay reproche, aquí, nadie se engañe
no hay reproche
quizá porque la máscara es simple
y así quedará libre si mejor suerte le cabe
quizá, porque, me importe o no te importe
el camino a la nada no significa fama se sabe,
mientras que una sola gota de lluvia
una sola
cualquier viernes de noviembre a la tarde
quiebra todo el cristal del estanque
.
.
.
.
*nota: me envía el siguiente texto
don Marco Lourenço:
"Estas latas têm que perder, por primeiro, todos os ranços (e artifícios) da indústria que as produziu. Segundamente, elas têm que adoecer na terra. Adoecer de ferrugem e casca. Finalmente, só depois de trinta e quatro anos elas merecerão de ser chão. Esse desmanche em natureza é doloroso e necessário se elas quiserem fazer parte na sociedade dos vermes. Depois desse desmanche em natureza, as latas podem até namorar com as borboletas. Isso é muito comum. Diferentes de nós as latas com o tempo rejuvenescem, se jogadas na terra. Chegam quase até de serem pousadas de caracóis. Elas sabem, as latas, que precisam chegar ao estágio de uma parede suja. Só assim serão procuradas pelos caracóis. Sabem muito bem, estas latas, da intimidade com o lodo obsceno das moscas. Ainda elas precisam de pensar em ter raízes. Para que possam obter estames e pistilos. A fim de que um dia elas possam se oferecer as abelhas. Elas precisam de ser um ensaio de árvore a fim de comungar com a natureza. O destino das latas pode também ser pedra. Elas hão de ser cobertas de limo e musgo. As latas precisam ganhar o prêmio de dar flores. Elas têm de participar dos passarinhos. Eu sempre desejei que as minhas latas tivessem aptidão para passarinhos. Como os rios têm, como as árvores têm. Elas ficam muito orgulhosas quando passam do estágio de chutadas nas ruas para o estágio de poesia. Acho esse orgulho das latas muito justificável e até louvável.
Manoel de Barros"
y se me ocurre un poema:
afónica la voz omni_industrial oxida el sueño
repitiéndose en parlantes y espejos portátiles
entre gifs de saltos de delfines selfies de monos
y arcoiris geniales en charcos de petróleo
o tal vez nos reste la fatiga monocorde
de la mejor mosca mecánica insomne
" a hard rain's a-gonna fall
a hard rain's a-gonna fall, a hard rain ..."
bajo un sombrero mejicano gigante
de fondo un zumbido de grillos,
un ronroneo de drones
un ronroneo de drones
de corazón todo el suspenso late:
al compás de un Brahma nuevo, del loto y la nueva lata
creciendo desde el ombligo de Vishnú
aom, aom hasta el ladrido del perro
y vuelta a morderse la cola
afónica la voz omni_industrial oxida el sueñoBob Dylan-A Hard Rain's A-Gonna Fall (1964) por gillriser5