aquele que não

vuelvo a
Marco Lourenço

y un poema extraordinario:



AQUELE QUE NÃO



se mais digo quando calo
quem é você que continua
falando   se estou calado?
   de repente ficou frio
   onde a tua voz fez
   sombra sobre quem digo…
se bem que nunca foste
ninguém  se nem chega a ser
outro    mas uma distração de mim
fugindo com tudo que tenho
      palavras  sentidos
…é quem ouço ir lá longe
mesmo já quase saindo
de dentro da boca
que trago comigo

– mas se é sempre
tua a palavra e mora
no escuro aquilo que digo
    sou eu, de fato
    aquele que não existo?




Marco Lourenço

....

y cometo la imprudencia
de intentar aquí maltraducirlo


Aquél que no

si más hablo cuando callo
quién sos que seguís
hablando    si me estoy callando?
    de pronto hizo frío
    donde tu voz creó
    sombra de lo que digo...
sé que nunca has sido
nadie sin ser
más que un juego mío
llevándote lo que tengo
palabras sentidos
te oigo desapareciendo
incluso recién saliendo
de esta boca
que va conmigo

--si es para siempre, sin embargo,
tuya la palabra y vive
en la penumbra que hablo
soy yo, tal vez,
aquél que no es?









Comentarios

Entradas populares